sábado, 21 de junho de 2014

Relacionamanto na Umbanda (Parte II )

Devemos crer que amar também é um dom. Uma benção estendida pelo manto de Oxalá a todos os seres humanos ou não.
Quando nos propomos a conviver com alguém, devemos buscar acima de tudo a compreensão. Serão pessoas diferentes, com instintos diferentes e almas diferentes. Não basta saber disso, é necessário praticar.
O relacionamento na Umbanda tem por base o mesmo princípio de qualquer outra religião: O AMOR. O deferencial deve ser o modo como lidamos no dia a dia. Fortificar a sua fé para haver discernimento das atitudes a serem tomadas; Trazer da espiritualidade as respostas dos assuntos que afligem seu coração; Valorizar seu parceiro (a) e assim, demonstrar gratidão as bençãos que já foram dadas e as que ainda virão; Retidão nos momentos delicados, para que você encontre a verdadeira resposta, ao invés de tentar obtê-la de outras pessoas, nem sempre dispostas a realmente ajudar.
O respeito entre homem e mulher não deve ser apenas status. Deve ser uma atitude diária e nesta área entra o diálogo aberto ( sem ofensas ou acusações), a fidelidade , a sexualidade e a empatia. Se coloque no lugar do parceiro (a). Tente julgar a si nesta posição e veja como estaria se sentindo e como gostaria de ser compreendido (a).
Os Sagrados Orixás terão sempre uma resposta. Até quando Eles silenciam, significa que ela já está dentro de você, que muitas vezes se nega a aceitá-la.
Todo relacionamento afetivo enfrenta altos e baixos, independente da religião, e na Umbanda não é diferente. Somos humanos e estamos nesta condição para aprender e evoluir. Muitas vezes a aprendizagem vem pelas provações, e a evolução pela tolerância e sabedoria durante os caminhos tortuosos.
Umbandistas: compreendam que amar e ser amado faz parte do processo evolutivo, espiritual e humano. Mesmo que você seja correto (a), mesmo agindo com justiça ainda é um ser em busca de ascensão no plano espiritual, o que refletirá em todas as áreas de sua vida. Tenha fé e nunca deixe de fazer o correto, pois este é sempre o caminho mais difícil, porém o mais gratificante. Não burle sua felicidade nem coloque em cheque aos Orixás ou Guardiões. Eles estarão ali para lhe amparar, no mais, pelo seu livre arbítrio, quem escolhe é você.Isso deve ficar claro.
Confiem em seus Guias e lembre sempre, que o que você plantar no jardim da sua alma, é exatamente o que irá colher. (Karol Souza - Ivi)


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sexta Feira 13 - Mitos e Verdade

 O número 13 era considerado glorioso para civilizações antigas, que era associado de forma positiva ao 13º estágio do ser humano:a passagem da morte, como modo de redenção. 
 A deturpação negativa foi iniciada pela igreja cristã, pela oposição as religiões pagãs. Quando a figura nórdica de Frigga ( que deu origem ao fridag, ou seja, a sexta feira), a deusa do amor e do sexo foi caracterizada como uma bruxa, difamada por ser o 13º membro de uma reunião religiosa; Diziam que era a reunião de 12 bruxas e o 13º seria o Diabo. Esta superstição espalhou-se pela Europa e logo tornou a sexta feira 13, um dia de mau agouro.

A Sexta feira>

 Foi o dia da semana da crucificação de Jesus Cristo, e tida, desde então, como um dia de desgraças. Com a forte influência da Igreja Católica na época, uniu a denigridão do número 13 com a morte de Jesus na cruz, para causar intimidação a religiões pagãs. É dito que neste dia não há proteção divina, e fora da Igreja, estaríamos a merce dos maus espíritos.

A Numerologia>

 Dentro da Umbanda o dia consagrados a Exús e Pomba Giras ( espíritos em evolução, que resguardam a ordem e a disciplina) é 13 de junho, também dia de Santo Antônio (Orixá Exú).
 No Tarô, a carta 13 têm como símbolo um caixão e a morte. Devo lembrar que esta carta não pode ser interpretada sozinha, de modo que ela pode significar 'um novo ciclo', ou seja, o fim de um ciclo para o início de outro, o que nem sempre é ruim.
 No Mapa Numerológico caracteriza a necessidade de transformação interior e as situações que cercam sua vida.
 Nascidos sob a numerologia 13 têm o poder de mudar ou se adaptar no ambiente ao seu redor com facilidade.
 Treze também foi um número presente na Santa Ceia: 12 Apóstolos e Jesus.
 Para o mundo Esotérico o treze possui 3 leituras: 1> que representa a consciência divina que é Deus; 3> representando a Trindade (Pai, Filho, Espírito Santo) e a soma 1 + 3= 4, que representaria a Cruz (quatro pontas), lembrando o sacrifício de Jesus, alertamos que somos pó, e ao pó voltaremos.
 Astrologicamente, rege Escorpião, governando os órgãos de reprodução, o nascimento, a morte e a transformação.

 Pelas pessoas que se utilizam do dia de para cometer crimes contra animais de cor preta, principalmente gatos, peço que NÃO DOE ANIMAIS HOJE. Isso se não tiver a plena certeza da índole daquele que adota.Na Idade Média havia superstição, bruxaria e febre religiosa. O gato, como animal independente e solitário, captou a atenção tanto de pagãos como cristãos, pois seus olhos brilhavam a noite, e foi timbrado como personificação do diabo.

 Muitos são os exemplos benéficos do número 13, que deve ser encarado como um recomeço interno, a chance de iniciar uma nova fase em nossa jornada. É preciso ampliar nossos horizontes e se basear mais que em um senso comum, onde a superstição negativa têm se preservado como uma tradição, passada de pai para filho. Tenhamos bons olhos, pois um número sozinho não tem o poder de designar nosso destino. Quem traça este caminho somos nós, acrescidos de nossas atitudes. Por isso, liberte-se dos grilhões negativos e aproveite este dia de mudanças!



domingo, 8 de junho de 2014

Relacionamento na Umbanda (Parte I )

Dentre todos os sentimentos, o amor é considerado o mais sublime, puro e transformador. Seja em questões religiosas, humanitárias ou psicológicas ele é tido como principal responsável pelas decisões em nossas vidas.
Quando falamos de Umbanda, o amor se torna a ignição para toda nossa base religiosa, transformando a fé em amor ao próximo, a Deus e a nós mesmos.
Atravessando os conceitos religiosos o relacionamento afetivo é causador de incógnitas para muitos que adentram a Umbanda em busca de respostas para suas frustrações e sofrimentos na vida à dois. Aqueles que estão desesperados pelos seus sentimentos não correspondidos na maioria das vezes, vão de encontro as religiões de matrizes africanas querendo a qualquer custo, satisfazer sua vontade. Ficam expostos (as) aos charlatões que conseguem usufruir desta pessoa emocionalmente abalada e vulnerável, sem ter de fato, mediunidade, autorização ou qualquer tipo de responsabilidade para com o plano espiritual.
Umbanda (ou qualquer outra religião) não é milagre. É fé, merecimento, carma. Não se pode unir a água e o óleo, bem como não há modos para manter alguém que não tem caminho ao seu lado. Esta não é uma definição meramente humana, mas espiritual. Não somos não que ditamos as regras neste quesito e sim o próprio retorno de nossos carmas. Assuntos pendentes, contas a prestar, conclusão de um ciclo... tudo caminha lado a lado com o livre arbítrio, e esta é a verdadeira questão.
Podemos sofrer influência de vibrações negativas, demandas, miasmas, eguns, kiumbas, vampiros espirituais, obsessores e etc, porém quando possuímos a consciência de nossa situação na Terra, conseguimos através da sabedoria dos Guias a quebra destas maldições.
O relacionamento umbandista é visto como benção divina do encontro carnal, sendo abençoado também através do sacramento. Não reprimimos qualquer tipo de união seja qual for a opção sexual ou condição financeira, desde que seja por livre arbítrio, respeito e amor.
Compreendemos que este enlace por durar até o desencarne ou ser breve, de acordo com a aplicação da Lei do Carma da cada um, não vetando um novo enlace, se assim tiver de ser. Não incentivamos o divórcio, mas não compactuamos com um relacionamento que podem gerar consequências catastróficas ao casal ou aqueles que os rodeiam.
Cada um, dentro e fora da Umbanda deve compreender que o amor é um ato divino e confiar que para tudo há seu tempo, buscando se libertar de atitudes que possam lhe acarretar retornos desnecessários.



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Defumação na Umbanda

Desde antigas civilizações a queima de ervas e resinas para a rituais e modificação de ambientes é utilizada.Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito”.As fragrâncias dos óleos eram usadas também para a construção dos rituais.Eram usadas outras plantas como madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.

Dentro da Umbanda, assim como em outros conceitos religiosos, a queima de ervas tem a função de equilibrar as energias necessárias para a prática dos rituais, assim como descarregar o corpo mediúnico e a assistência. As vibrações negativas provenientes de mentalizações negativas como inveja e maus agouros, emoções conturbadas como rancor, depressão, ansiedade entre outros atrapalham a comunicação com nossos Guias, pois esta energia adere ao nosso corpo astral e bloqueia as transmissões espirituais.

Quando realizamos a defumação, estas cargas são desagregadas, através dos aromas estimulamos e limpamos nossos plexos, e assim conseguimos captar as energias superiores. 

A realização deste ritual deve ser feita por um mentor espiritual preparado, pois a manipulação destas energias na mão daqueles que não têm preparação pode acarretar malefícios desnecessários ao médium, a casa e a assistência.

Quando possuímos uma mediunidade ativa, conseguimos captar também o desequilíbrio dentro de nossa residência e local de trabalho.A defumação nesses locais também deve ser feita com as ervas específicas para as necessidades do local, lembrando que é preciso ter certa maturidade na magia, para estabelecer a sintonia com as Entidades superiores que trabalharão durante o ritual.Os elementos usados irão refletir diretamente em como este local será descarregado, energizado e equilibrado.



domingo, 1 de junho de 2014

Umbanda Popular (Umbandas dentro da Umbanda)

Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda Cruzada; e Umbanda Mística.

Origem: É uma das mais antigas vertentes, fruto da umbandização de antigas casas de Macumbas, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. É a vertente mais aberta a novidades, podendo ser comparada, guardada as devidas proporções, com o que alguns estudiosos da religião identificam como uma característica própria da religiosidade das grandes cidades do mundo ocidental na atualidade, onde os indivíduos escolhem, como se estivessem em um supermercado, e adotam as práticas místicas e religiosas que mais lhe convêm, podendo, inclusive, associar aquelas de duas ou mais religiões.

É a vertente mais difundida em todo o país.

Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos santos católicos com os Orixás, associados a um conjunto de práticas místicas e religiosas de diversas origens adotadas pela população em geral, tais como: rezas, benzimentos, simpatias, uso de cristais, incensos, patuás e ervas para o preparo de banhos de purificação e chás medicinais. Considera a existência de dez Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã e Ibejis. Em alguns lugares também são cultuados mais dois Orixás: Ossaim e Oxumaré.

Linhas de trabalho: Existem três versões para as linhas de trabalho nesta vertente:

Na mais antiga, são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui as Crianças), de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), do Oriente (onde agrupa as entidades orientais) e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
Na intermediária, também são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), das Crianças e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
Na mais recente, são consideradas como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos(as), etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).

Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos.

Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.(Fernando Guimarães)