domingo, 8 de junho de 2014

Relacionamento na Umbanda (Parte I )

Dentre todos os sentimentos, o amor é considerado o mais sublime, puro e transformador. Seja em questões religiosas, humanitárias ou psicológicas ele é tido como principal responsável pelas decisões em nossas vidas.
Quando falamos de Umbanda, o amor se torna a ignição para toda nossa base religiosa, transformando a fé em amor ao próximo, a Deus e a nós mesmos.
Atravessando os conceitos religiosos o relacionamento afetivo é causador de incógnitas para muitos que adentram a Umbanda em busca de respostas para suas frustrações e sofrimentos na vida à dois. Aqueles que estão desesperados pelos seus sentimentos não correspondidos na maioria das vezes, vão de encontro as religiões de matrizes africanas querendo a qualquer custo, satisfazer sua vontade. Ficam expostos (as) aos charlatões que conseguem usufruir desta pessoa emocionalmente abalada e vulnerável, sem ter de fato, mediunidade, autorização ou qualquer tipo de responsabilidade para com o plano espiritual.
Umbanda (ou qualquer outra religião) não é milagre. É fé, merecimento, carma. Não se pode unir a água e o óleo, bem como não há modos para manter alguém que não tem caminho ao seu lado. Esta não é uma definição meramente humana, mas espiritual. Não somos não que ditamos as regras neste quesito e sim o próprio retorno de nossos carmas. Assuntos pendentes, contas a prestar, conclusão de um ciclo... tudo caminha lado a lado com o livre arbítrio, e esta é a verdadeira questão.
Podemos sofrer influência de vibrações negativas, demandas, miasmas, eguns, kiumbas, vampiros espirituais, obsessores e etc, porém quando possuímos a consciência de nossa situação na Terra, conseguimos através da sabedoria dos Guias a quebra destas maldições.
O relacionamento umbandista é visto como benção divina do encontro carnal, sendo abençoado também através do sacramento. Não reprimimos qualquer tipo de união seja qual for a opção sexual ou condição financeira, desde que seja por livre arbítrio, respeito e amor.
Compreendemos que este enlace por durar até o desencarne ou ser breve, de acordo com a aplicação da Lei do Carma da cada um, não vetando um novo enlace, se assim tiver de ser. Não incentivamos o divórcio, mas não compactuamos com um relacionamento que podem gerar consequências catastróficas ao casal ou aqueles que os rodeiam.
Cada um, dentro e fora da Umbanda deve compreender que o amor é um ato divino e confiar que para tudo há seu tempo, buscando se libertar de atitudes que possam lhe acarretar retornos desnecessários.