Eram utilizados pelos nossos indígenas pela tradição afro-brasileira, para cerimônias religiosas, e pelos negros que aqui chegaram, com o mesmo objetivo.
Os leigos admitem como folclórico o toque do tambor, mas os adeptos sentem em cada batida a vibração com seus Guias Espirituais. Seja em ritmo lento, rápido ou cadenciado, o atabaque de Umbanda é comunicação entre espírito e matéria. Seu toque contínuo durante a sessão proporciona o elo do transe mediúnico dos filhos e Zeladores de Santo. Isso acontece pela necessidade do médium ter estímulos auditivos e sensoriais para que esta Entidade possa ser chamada a sessão.
É feito de couro, com bases em caixas cilíndricas de madeira e conduz a Terra os Espíritos de Luz, que são invocados para trabalhar.
Apenas pessoas autorizadas e preparadas devem tocar em um atabaque dentro do terreiro, pois este é um instrumento sagrado de energia sonora aos Guias. Apesar de infelizmente ainda existir arrogância dentro das religiões, dentro da Umbanda, o termo para os batedores é Ogã. Não renegamos uma coroa de Ogã, sendo que hoje em muitos terreiros, já se pode ver exímias Ogãs mulheres. Deixamos o preconceitos para os desconhecedores das Leis do Carma humano, e se o Plano Espiritual concedeu a uma mulher a missão de bater no couro do atabaque, lhe permitimos cumprir sua missão.
Apesar de muitas dúvidas por parte de adeptos, o (ou a) Ogã deve ter conhecimento igualado ao do Pai/Mãe de Santo, devendo ter conhecimento dos fundamentos, saber os pontos de todas Entidades, a hora certa para tocá-los e ficar atento aos médiuns, pois além da vibração incorporativa, outros ritos são aplicados, como defumação, bater cabeça etc.